domingo, 6 de abril de 2014

Mentiram (e muito) para mim, de Flavio Quintela

Neste ano de 2014, está acontecendo uma onda de lançamentos de livros interessantes. Acabou de sair Mentiram (e muito) para mim, de Flavio Quintela. É um inventário das principais mentiras influentes que nos são apresentadas continuamente como se fossem as mais evidentes e indiscutíveis verdades.
O livro é pequeno, 168 páginas. A análise que ele faz sobre o quadro partidário brasileiro entre o impeachment de Collor e os preparativos para a eleição de 2014 é primorosa. Também achei muito relevante a afirmação de que, na América escravagista, menos de cinco por cento dos brancos foram proprietários de escravos, e mais de vinte por cento dos negros livres possuíam pelo menos um escravo. Pena que ele não explicite qual a fonte dessa informação.
Um detalhe agradável é que ele usa a ortografia de antes da última reforma. Também preciso adotar essa prática.
Ao final do livro, há uma bibliografia recomendada muito boa. Gostei especialmente das indicações de “Eles Mudaram a Imprensa”, de Alzira Alves de Abreu (2003) e de “The naked communist”, de Cleon W. Skousen e Arnold Friberg (2011).
O prefácio é de Paulo Eduardo Martins e a orelha do livro, de Rodrigo Constantino. Esses textos podem ser lidos aqui, no blog do autor.
Aqui vai a lista de capítulos:
I. Começam a mentir desde muito cedo para nós: a mais-valia
II. A mentira mais voraz: a de que a própria verdade não existe
III. Mentiram de novo: a festa da democracia brasileira
IV. Mentindo sobre ideologia: não existe mais direita ou esquerda
V. Mentirinha: o PSDB é um partido de direita
VI. Amplas mentiras: a maldade da Direita
VII. Mentindo sobre Hitler: o nazismo é de extrema direita
VIII. Mentira de lobo mau: nem toda esquerda quer o comunismo
IX. Cínicos mentirosos: o comunismo ainda não existiu na Terra
X. A mentira do bonzinho: o esquerdista se preocupa com os pobres e oprimidos
XI. Mentira que ninguém mais agüenta: bandido é vítima da sociedade
XII. Nem o diabo acredita nesta mentira: sou um cristão socialista
XIII. A mentira mais contada de todas: o golpe militar de 1964
XIV. Auto-engano ou mentira proposital: a mídia é direitista
XV. Algo que exala mentira: o sistema educacional brasileiro
XVI. Mentira em letras góticas sobre pele de carneiro: diploma
XVII. Mentiras que atravessam gerações: dívida histórica
XVIII. Mentira tripla: o bolsa-família foi criado pelo PT, é bom e tira as pessoas da miséria
XIX. Mentira boba? Nem tanto: Deus é brasileiro
XX. Verdades

Como disse Edmund Burke, “Para que o mal triunfe basta que os bons fiquem de braços cruzados.”

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